Uma injustiça

Na estreia do campeonato ganhámos.
Era, sem qualquer dúvida, importante. Não só porque era a primeira jornada do campeonato, e começar a ganhar é sempre a melhor forma possível, mas também por ser a primeira vez em casa do novo treinador.
Apesar da vitória não posso deixar de contestar a saída da equipa titular deste jogador:
Ibson é para mim nome de craque, e das poucas coisas realmente boas que se salvaram da época 2004/05.
Penso que a sua não inclusão no 11 inicial de sábado passado foi uma grande injustiça. Não só pela sua categoria como jogador, mas também pelo magnífico trabalho que vinha desenvolvendo desde o início da época, com excelentes exibições.
Não contesto o imenso valor e categora de Lucho, mas parece-me que sem ter feito um minuto na pré temporada a sua titularidade foi desajustada.
Imagino que Ibson se deva sentir profundamente desmotivado e (espero bem que não) a pensar em mudar de ares (a semana passada houve a notícia de Abel Braga estar interessado nele). Que mais pode ele fazer para ser titular?
É que, não tenho dúvida, o meio campo estava a ser o sector mais forte da equipa nesta início de época. E embora Anderson desempenhe papel preponderante nele, julgo que Ibson estava a dar muito ritmo à equipa. No sábado estivemos com muito menos rotações/min. Muito menos e ia saindo caro.
Rui Barros teve a inteligência de não mudar nada na equipa. Jesualdo mudou com 5 dias de treino. Apesar de termos ganho não gostei do princípio.

Que futuro para Ibson?

Obrigado

Pelo trabalho feito numa altura delicada, muito obrigado Rui Barros e João Pinto.

15ª Supertaça

Ontem em Leiria conquistámos mais um troféu: a 15ª Supertaça Cândido de Oliveira.

Com inteira justiça, digo eu.

Apesar de ter sido um jogo com duas metades distintas.

Não apreciei a primeira parte: jogo muito pastoso, lento, sem rasgos, sem apoios, tudo muito apático. Daquele tipo de jogos que se se sofre um golo pode tornar-se uma desgraça.

A segunda parte foi bem melhor: bastou acelerar durante 8 minutos para produzir um golo.

Depois, com mais espaço foi controlar bem a posse de bola e partir com passes rápidos, apoiados em desmarcações para a frente.

O 2º e 3º golos foram consequência dessa subida de produção. Lindo, lindo o golo do Vieirinha. Oxalá o miúdo tenha sorte....

De positivo ontem destaco o jogo do Ibson na primeira parte, sempre muito rotativo, em progressão e lucidez.

Na 2ª parte o "puto" Anderson. Que grande jogo: arrancadas, passes magníficos, visão de jogo, sempre de cabeça levantada e o 2º golo, de primeira, sem falhar. Grandes momentos. Falta ser mais constante 90 minutos. Enfim, são só 18 anos. Mas promete..... e muito!

Menos bem, o Quaresma. Dei por mim a pensar durante o jogo se esta época teremos de volta o jogador que faz questão de "ligar os complicadores" em todos os jogos, tal como o fez na primeira época que vestiu as nossas cores.

Espero que ele tenha inteligência suficiente para perceber que a melhor época que fez foi aquela em que após uma finta passava a bola e se desmarcava para a receber. Ontem insistiu em asneiras consecutivas. Exemplo disso é que nos 5 minutos anteriores a ser substituído perdemos dois cantos marcados à maneira curta, porque em vez de devolver a bola ao Raul Meireles, preferiu partir para a finta e perdê-la. Será que o "Cigano" ainda nos fará lamentar a saída do Adriaanse?

Por falar em Raul Meireles: toda a gente fala da entrada do Lucho na equipa quando ele estiver recuperado. Não duvido que entrará, pois é um jogador de excepção.

No entanto para ele entrar todos afirmam que vai sair o Ibson e o meio campo da táctica 4-3-3 será Paulo Assunção, Lucho e Anderson.

Bom o que a mim me parece é que se o Ibson tem sido importante na equipa, o Raul Meureles não tem sido menos. Para mim, a par do Quaresma, Pepe e Paulo Assunção, foi o jogador que mais evoluiu na época passada. E terei pena se sair da equipa.

Enfim, um novelo para Jesualdo desenrolar. Com eficácia e felicidade, espero.

E esta, hein?

Bom, parece que há um volt-face inesperado nesta (já uma) rábula do novo treinador do Porto.
Apesar de à hora de almoço ver João Loureiro dizer na tv que nunca poderia deixar o treinador sair a 15 dias do início do campeonato, eis que às 21h vejo na TVI que Jesualdo Ferreira rescindiu o contrato com o Boavista. E segundo consta por grande pressão feita pelo prórpio treinador. Pinto da Costa ao seu mais alto nível?
OK, se o rescindiu é porque já sabe que não vai ficar no desemprego.
Portanto será ele o novo treinador do F.C.Porto.
Confesso que não seria a minha primeira escolha, mas apesar de tudo não a acho má.
Principalmente (por ocorrer nesta altura) por ser português.
Quanto ao resto... é música para passarinhos.Que é metódico, rigoroso, patatipatata.... nunca ouvi ninguém falar mal de um treinador quando ele acaba de ser contratado ou está em vias de ser.
No entanto quando a bola começa a rolar é que se vê.
Se efectivamente for o novo treinador do FCP terá o meu incondicional apoio.
Vamos aguardar para ver as contrapartidas (financeiras e de activos).
Aguardo também para ver como será processada a gestão da equipa técnica para Sábado e o futuro do João Pinto nessa mesma equipa técnica.

Que futuro?

Após o choque inicial lá vou tentando vislumbrar o que será o futuro do meu clube.
No entanto, não o faço sem antes perceber o que perdemos:
- perdemos um treinador disciplinador, com mão nos jogadores em jogo;
- perdemos um treinador que fez campeã uma equipa relativamente jovem;
- perdemos um treinador que trabalhou bem uma série de jovens jogadores (Pepe, Quaresma, Raul Meireles, Paulo Assunção).

Por outro lado perdemos alguém com umas noções de gestão de recursos humanos no mínimo bizarras, com falta de estudo dos sistemas de jogo adversários e com pouca noção de competitividade.

O futuro treinador, em meu entender deveria ser português para não perder tempo a perceber o tipo de campeonato, que adversários existem e também conheceria minimamente os jogadores do plantel.
Por estas razões admito Jesualdo como uma boa opção, embora o seu passado (excepção feita ao trabalho feito em Braga) não inspire muita confiança.
A meu ver Inácio poderia ser também uma opção a considerar: conhece o clube e tem a chamada "mística".
O meu maior desejo (impossível, reconheço) era Rui Faria. Mas é só um sonho.

Agora falarem de Camacho, Humberto Coelho, etc, etc acho uma tremenda falta de gosto, pelo passado (e coração) vermelho que têm.
Pekerman, Bielsa, Wanderley Luxemburgo, Emerson Leão, etc, etc, não me parecem opções boas para esta altura difícil.

Acho é que a SAD continua a ter muitas explicações a dar sobre o rumo (ou será desvario) que é a sua linha orientadora.

O inacreditável

Volto aqui a postar com uma sensação de incredulidade.
Hoje, 9 de Agosto de 2006 o treinador principal do F.C.Porto apresentou a sua demissão.
A 10 dias da primeira competição oficial da época! Depois do planeamento de pré-época, da contratação de jogadores e dos jogos acertados serem por ele pojectados. Parece-me que nos encaminhamos novamente a grande velocidade para uma nova época 2004/2005.
Nem sei muito bem o que pensar.....
Mas que raio se passa neste clube? Anda tudo a navegar à vista?
Será que o homem bate com a porta só por causa de não ter o ponta de lança que tanto pediu?
Mas se ele queria assim tanto um ponta de lança por que é que não o exigiu mesmo no final da época passada? Que planificação, feita em conjunto com a direcção da SAD, e tantas vezes publicitada, justifica isto? Ou a dita planificação antecipada é mais fogo de vista?
O homem foi embora. É certo que nunca foi minimamente consensual para os adeptos.
Mas não se deveria chegr a estes extremos.
Como é que se justifica que a SAD aceite a demissão de alguém, depois de mandar embora McCarthy, Hugo Almeida, já para não falar em Postiga, Jorge Costa e Diego?
Também percebo que não se podem satisfazer as vontades todas a alguém que deu várias argoladas (Sonkaya, Ezequias,....), mas acho que nunca se devia ter chegado a este extremo.
Receio bem que esta brincadeirinha nos custe no mínimo 10 pontinhos no campeonato, o que com o Sporting certinho desde o início fará da sua conquista algo quase impossível.
Por outro lado há que projectar cenários futuros:
1- Acredito na imediata reintegração do Hélder Postiga
2- Acredito na integração do Jorge Costa na estrutura do futebol
3- Técnico: português, estrangeiro?
Se calhar português, uma vez que este último representou um choque de culturas muito forte.
Agora um português assim de caras, não sei. Confesso que até tenho medo só por me recordar dos últimos escolhidos. Oxalá não escolha o Pacheco.

Qual o esquema táctico futuro? 4-3-3? 4-4-2?
Não sei, pela simples razão de que não consigo estruturar o 11 do meio campo para a frente.

Enfim, aguardam-se desenvolvimentos.